Boas Vibrações

..Sou uma filha da natureza:
quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo,
de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser.
E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

No céu

No Céu

No céu eu vejo uma luz brilhar
parece que os anjos, se pôs a cantar
e em numeroso bando
assim pôs fim ao meu eterno pranto.

 Numa canção de tristeza e agonia
em um coro celeste, docemente canto
e ouvindo a voz da nossa Maria
sorrindo e chorando
Transformou-se em alegria.

Meu coração Partido, não pode amar
e nem mesmo um gemido, da pra entoar
a melodia suave, que está no ar
e só escuta quem está a amar.

Na verdade o que quero, vou te contar
um amor como caramelo, que me deixe sonhar
e nas nuvens tão belas, nós vamos estar
quando o amor meu achar.
No Zóim do meu amor


No meu tempo de menina
era tempo de Natal
 a vizinhança tão bela
comemorava, coisa e tal
 E com o passar dos anos
nós não temos nem carnaval
e dizem que a culpa: é de um tal Pardal!
 As crianças já não brincam, nem mesmo no seu quintal
e a alegria que antes houvera 
se transformou em uma fera
e pôs fim, ao nosso musical.
Já não consigo ver, no zóim do meu amor
a nossa esperança, desabrochar como flor
E foi com prateado 
que aprovou lá no senado
esse tempo de horror.
Ah tempos não escuto o cantar dos pássaros
Nem o saltar dos sapos
nem o cantar de jurema em flor.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O MAR

Olhai: o Mar tem influência singular
Sobre mim. Os animais aquáticos são tantos
Valia a pena persegui-los no mar alto;

Valia a pena vê-los saltar através das ondas.

O Mar, esse mundo que os homens não habitam,
É imenso, tão belo e tão perfeito!
O Mar tem influência singular
Sobre mim. Eu bem queria ir ver as ondas;

Valia a pena olhá-las a correr
Loucamente; valia a pena
Ver qual delas primeiro entrava na baía.

Ah!, o Mar vasto, no entanto, aqui nos fala
Sim, fala-nos interiormente,
E nos compreendemos a sua língua:
E uma língua que se entende.

(Ah!, que impressão nos faz o Mar!)

Antonio Baticã Ferreira

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A canção de um amor

Como entender o que passa dentro de mim, 
Se não sei o que quero saber;
Sei que o ar, a música, me fazem sorrir
Não aguento mais prender isso, vou te falar:
O amor que me aquece, é o mesmo que me faz esfriar.
E  o vento, a brisa, o mar.Ah o mar!
isso tudo me faz amar. Amar a natureza, o canto dos pássaros.
A flor que desabrocha, e o cheiro fica no ar.
E nada disso pode mudar, mesmo que assim tudo mude; 
O que ah de mais precioso não vai alterar.
Estou Inquieta, mas não consigo falar, 
até quero: Mas não dá pra expressar.
E o que eu sinto é tão profundo,
que já não posso parar.
Sinto saudades, sinto fome do seu beijo!
Queria te ver de novo, relembrar!
O que se foi, de tão belo entre nós.
Ah como eu queria, que fosse tudo tão lindo,
quanto antes.
Mas é isso aí, a vida continua..não adianta chorar!
Ou quem sabe cantar?
Ah ta!
nada disso, eu vou te esquecer; 
custe o que custar.

domingo, 3 de julho de 2011

INFÂNCIA

Eu corria através dos bosques e das florestas
Eu corno o ruído vibrante de um bosque desvendado,
Eu via belos pássaros voando pelos campos
E parecia ser levado por seus cantos.

Subitamente, desviei os meus olhos
Para o alto mar e para os grandes celeiros
Cheios da colheita dos bravos camponeses
Que, terminando o dia, regressavam à noite entoando

Canções tradicionais das selvas africanas
Que lhes lembravam os ódios ardentes
Dos velhos. Subitamente, uma corça gritou
Fugindo na frente dos leões esfomeados.

Aos saltos, os leões perseguiram a corça
Derrubando as lianas e afugentando os pássaros.
A desgraçada atingiu a planície
E os dois reis breve a alcançaram.



DO QUE CHORA A CRIANÇA

Do que chora a criança?
É dor no seu corpo
Do que chora a criança?
É sangue que cansou de ver

Um pássaro grande chegou
Com ovos de fogo
0 pássaro grande veio
Com os ovos da morte

Caçadores desconhecidos
Enganados metralharam a tabanca
Caçadores, pretos como nós
Enganados metralharam a bolanha

Queimou-se o mato
Queimaram-se as casas
Perdurou a dor na nossa alma.

sábado, 2 de julho de 2011

FLOR NOCTURNA 

Flor nocturna
Que com a lua
Desabrochas em meus braços
Flor soturna
Que pelas sombras da rua
Guias teus passos,
Flor amiga
Com pétalas de estrelas
E résteas de luar
Deambula noctívaga
Pelas vielas
E vem-me abraçar.